“... e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos”. (Marcos 10.44).
Olá, diácono/diaconisa gente boa!
Estamos cientes de que problemas
podem surgir quando a igreja seleciona diáconos mais focados em obter destaque
do que em servir. Contudo, é importante lembrar que a igreja não é um paraíso,
os fiéis não são anjos e os pastores não são perfeitos. No programa “Batistas
em Pauta”, transmitido em 13/11/2023, o jornalista Estevão Júlio demonstrou
interesse em conhecer mais sobre a minha experiência e compreender a reação das
pessoas ao meu livro “O Diácono Gente Boa”.
Alguns diáconos levantaram questões, indagando se a minha crítica estava
direcionada somente aos diáconos, sem levar em conta que os pastores também
podem ter suas imperfeições. Eles podem apresentar comportamentos neuróticos,
possessivos, centralizadores, entre outros. Fiz questão de esclarecer que tanto
pastores quanto diáconos podem ter uma compreensão equivocada sobre autoridade,
submissão e serviço.
Ocasionalmente, pode-se ter a impressão de que o pastor é aquele que
controla e domina, e que as coisas só funcionam dessa maneira, o que não
deveria ser o caso. Pessoas dominadas não são necessariamente submissas. Em
situações assim, as coisas não funcionam porque as pessoas obedecem. Elas
funcionam porque o pastor dominador pressiona as pessoas… e isso é lamentável.
Então, houve uma reação de um diácono em particular. Em uma
transmissão ao vivo com ele, discutimos o último capítulo do meu livro que cita
o Dc. Antônio Soares, que tem uma abordagem direta, sugerindo que se há
desacordo com o pastor, talvez seja melhor o diácono mudar de igreja. Esclareci
que tanto o pastor quanto o diácono podem errar, mas não posso me tornar um mau
pastor por causa de diáconos problemáticos. Não posso agir contra a vontade de
Deus por causa de diáconos que o fazem. Se agisse assim, estaria,
metaforicamente, mordendo o cachorro que me mordeu.
Para
mim, o livro tem sido uma ferramenta muito importante. Meu livro não
necessariamente um livro de teologia, mas sim de relacionamento. O livro é uma ferramenta de
autoconhecimento e relacionamento, abordando a autoestima do diácono. Questiona
a necessidade de afirmação através do cargo e ressalta o valor intrínseco de
cada um, custeado pelo sangue de Jesus.
E eu lembro que fui pastor numa igreja onde tínhamos zeladores.
Eu disse: “Os zeladores precisam de folga.” E se questionaram: “Mas e se for domingo?”
Eu respondi: “Qual o problema de um diácono secar o chão que uma criança
molhou? Se isso for um problema para o diácono, eu mesmo seco o chão. O zelador
não pode ficar sem folga numa igreja cheia de diáconos. Eu não me importo qual
é o seu cargo lá fora, aqui você está para servir os irmãos.”.
Você está disposto a se posicionar e defender a
verdadeira essência do serviço diaconal, independentemente do seu cargo ou da
sua posição?
Vamos valorizar o verdadeiro diaconato?
Categoria:
Noticias Diaconal
Postado em:
11/01/2024 - 17:10